segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A Mosca da Cabeça Branca

(The Fly, 1958, Kurt Neumann)




Ainda no clima de terror sci-fi, a crítica de hoje vai falar sobre outra pérola do estilo: "A Mosca da Cabeça Branca". Filme do ano de 1958, mesmo ano de lançamento do A Bolha e, assim como esse, também teve um remake nos anos 80, porém o d' A Mosca eu ainda não tive a oportunidade de assistí-lo.

O roteiro é baseado num conto publicado na Playboy americana no ano de 1957 por George Langelaan e que pouca coisa em relação a história original foi mudada. O filme começa com um zelador de uma fábrica flagrando uma mulher usando a prensa hidraulica que ao ser flagrada ela foge e quando o zelador chega mais perto para investigar, percebe que aquilo foi um homicídio que que um homem havia sido esmagado, é então que o mesmo liga para o dono da fábrica o sr. François Delambre (Vincent Price), confirmando uma confi
ssão que recebeu anteriormente de sua cunhada Helene (Patricia Owens) que havia matado seu irmão Andre (David Hedison) o deixando descrente. François então resolve chamar a polícia e o inspetor Charas (Herbert Marshall) para investigar o ocorrido. Por ter-se auto-proclamado autora do crime e não apresentar perigos para os demais, Helene é mantida em liberdade monitorada por uma enfermeira, pois, seu estado psíquico parecia um pouco abalado, principalmente quando Helen se mostra fissurada por moscas principalmente uma de cabeça branca, não deixando que ninguém as mate, mas, para não ser considerada louca e escapar também de ir pro manicômio ela resolve contar a história do ocorrido na noite do crime ao Inspetor Charras e seu cunhado François: que seu marido teve seu DNA fundido com um de uma mosca através de um invento em que estava trabalhando. Porém, os dois não dão muito crédito para a história de Helene acreditando cada vez mais que está louca, até o dia que ouvem um zumbido de uma mosca que jamais esquecerão em sua vida (não só eles, como eu também).

O suspense é bem conduzido no filme e os efeitos especiais também eram bons e foram bem usados, mas o filme que tinha tudo para acabar de forma pesimista (e que de certa forma foi) teve um final bem pastelão, clichê para os filmes daquela época, porém as cenas finais realmente me deixaram perplexos principalmente em relação á mosca de cabeça branca e seu zumbido, que após vocês verem o filme e descobrirem do que se trata, ficarão tão perplexos quanto eu! Uma história realmente criativa, sem falar que Christopher Lee, mesmo, não sendo o protagonista principal consegue roubar toda a cena, ele é muito digno! E isso já faz com que o filme ganha uma boa nota de minha parte!

Assim como todo filme de teror que faz sucesso, ganhou duas continuações: O Monstro de Mil Olhos de 1959 (também com Vincent Price no mesmo papel de François) e A Maldição da Mosca de 1965.

Nota:  8 / 10

domingo, 12 de janeiro de 2014

A Bolha Assassina (1988)

(The Blob, 1988, Chuck Russell)




Agora, vamos ao filme A Bolha Assassina de 1988, que eu não considero bem um remake, mas uma releitura do filme original de 30 anos antes, mas, assim, como outras refilmagens nos anos 80 de filmes terror sci-fi dos anos 50, ele cumpre com a tarefa de usar e abusar do gore, até porque em uma época em que os Slasher Movies dominavam o cenário com violência sem escrúpulos, tinha que se fazer algo para rivalizar ou até superar esses filmes. Mas esse A Bolha de 88, vai além de mortes sanguinolentas e possui um roteiro bem escrito (que ficou por conta do diretor) e que na verdade até satiriza os filmes de terror oitentistas.

A premissa é a mesma do filme de 1958: algo que se parece com um meteorito cai numa floresta local perto da cabana de um velho que mora com seu cachorro (Billy Beck) que vai ver o que é aquilo, mas, como diz o ditado: "a curiosidade matou o gato", e o que caiu do céu mostra-se uma ameaça quando uma gosma sai daquele meteorito e ataca o velho grudando em seu braço e o consumindo rapidamente. Com algumas mudanças no roteiro, aqui quem encontra o velho é o motoqueiro rebelde Brian (Kevin Dillon, a cara dos ano 80) que surpreende o velho correndo pra estrada e que quase é atropelado pelo casal de namorados Meg e Paul (Shawnee Smith - a Amanda da franquia Jogos Mortais - e Donovan Leitch, respectivamente) que aconselhados e acompanhados de Brian levam o velho até o médico. Chegando lá, após a burocracia em serem atendidos e o médico plantonista estar com uma paciente particular, deixando o pobre do velho que, apesar de ser uma emergência não tem convênio, esperando (pra você ver que não é de hoje e só aqui no Brasil que acontece isso) a bolha vai o consumindo. Ouvindo os gemidos do velho, Paul vai vê-lo, quando vê aquela horrenda cena do velho sendo consumido pela bolha, Paul vai correndo chamar o médico e ao voltar não encontram mais o ele, então o médico sai em procura dele deixando Paul numa sala, então o mesmo é atacado pela bolha. A partir daí a bolha vai fazendo cada vez mais vítimas durante seu percurso pela cidade até ser destruída no final que, assim, como o filme de 58, deixa o final aberto pra uma possível continuação (aqui, não apenas com um simples ponto de interogação depois do "the end", mas com uma cena realmente sugestiva) o que não teve, mas, não sei se devo agradecer ou não por isso (se fomos pegar como exemplo a continução de 1972 da versão original, óbviamente considero um não!).

Outra característica que o filme mantém semelhante com  o original, foi de ter usado bastante de efeitos especiais avançados pra época de seu feitio, como nas cenas de mortes violentas em que o gore é usado em doses certas. O filme ainda dá espaço pro humor, como numa cena em que Paul vai a farmácia com seu amigo para ele comprar camisinhas p'rum encontro com uma garota e o amigo, com vergonha de dizer que as mesmas eram pra ele devido a um reverendo conhecido seu estar no balcão, ele mente pro farmaceutico que as camisinhas eram para Paul e mais tarde, quando Paul vai ver Meg em sua casa e ser apresentado aos seus pais, advinha quem é o pai de Meg? Sim, o farmaceutico, rsrsrs! Ri muito nessa cena! O humor do filme também está presente na sátira que fazem aos filmes de terror (leia-se Slashers) da época, como numa cena em que o irmão mais novo de Meg está no cinema com um amigo assistindo a um filme de Serial Killer a la Jason (na verdade estão zoando o prórpio Jason) e um cara sentado atrás deles está advinhando as cenas e falando pra sua namorada em zoação ao fato dos filmes desse tipo terem cenas bem previsíveis, deixando os meninos irritados. Outra sátira a que o filme faz, essa um pouco mais séria e indireta, é aos filmes de ficção científica dos anos 50 traduzirem o sentimento dos americanos em relação a uma possível guerra biológica, época que a guerra fria estava em seu auge, mas não vou citar nenhuma cena como exemplo porquê, primeiro, já entreguei cenas demais e, segundo, porque estaria revelando parte do segredo do filme, acabando com toda a graça, portanto vamos parar por aqui!

Enfim, Chuck Russel, foi bem mais além em seu remake entregando um história genial pra um terror considerado trash, mas que em minha opinião se saiu melhor que o simplicidade do filme de 58, não só pela tecnologia avançada que fizeram com que os efeitos usados nesse fossem bem melhores, mas pelo roteiro bem elaborado. Tá ok, que foi baseado em cima de uma história já existente e com a ajuda do produtor do filme original (Jack H. Harris), mas foram tantos pontos tão bem pensados que o fazem uma obra superior, por mais revolucionária ou cult que o original tenha sido, fazendo dele um dos melhores e mais marcantes filmes de terror dos anos 80.

Nota: 8 / 10

A Bolha Assassina a.k.a. A Bolha (1958)

(The Blob, 1958, Irwin S. Yeaworth)




A resenha de hoje é sobre um filme e seu remake, trata-se de A Bolha Assassina, ou como essa versão é conhecida, simplesmente A Bolha.

A versão de 1958 é um filme de baixo orçamento, o que nós percebemos e o fato da bolha assassina ter sido feito de gelatina de morango é algo que confirma, mas que na época usou de efeitos especiais avançados e em contraste com isso ainda temos o fato do filme ter sido filmado diretamente colorido, ao contrário da maioria dessa época que era em preto em branco e que normalmente foram colorizados anos depois para VHS. Tudo isso fez com que o filme fosse um sucesso de público e  rendesse uma boa billheteria para o estúdio Paramount.

Enquanto Steve (interpretado por uma inda novinho Steven McQueen, antes de se consagrar em filmes de ação por não usar dublês em cenas perigosas) e Jane (Aneta Corsaut) discutindo a relação num bosque, avistam um meteorito cair em algum lugar da mata ali perto. Eles resolvem ir ao local para ver a coisa, porém, ao chegarem lá deparam-se com um velho eremita (Olin Howland) que vivia por ali, com uma gosma grudada em sua mão, gosma essa que saiu do meteorito que eles viram e que caiu perto da casa do velho, então eles o acompanham ao médico, o Dr. Hallen. Ao chegarem lá, o médico (Steven Chase) diz não ter visto nada assim antes e pede que o casal vá ao local onde encontrou o velho recolher provas (??? ele é doutor ou delegado???) enquanto o mesmo ficaria cuidando do senhor e o examinaria. Então, eles fazem o que o médico pediu, só que quando chegam é tarde demais, e Steve vê que algo como uma bolha consumindo o corpo do dr. Hallen, então eles resolvem  alertar a polícia, que acaba não acreditando no mesmo. Assim, a bolha continua a fazer mais vítimas, até chegar ao armazém onde o pai de Steve trabalha e quando o mesmo a encontra lá, resolve pedir ajuda de sesu amigos para alertar a cidade do perigo e pedir ajuda para destruir a criatura, porém a mesma consegue escapar novamente, até que ao invadir um cinema lotado, as autoridades começam a acreditar nos jovens e resolvem combater a bolha, mas será que vai ser fácil destruir essa estranha criatura?

Como qualquer filme durante os anos 50 e 60 a história acaba bem, de um modo bem simplista, já que qualquer final demasiado grosseiro (leia-se pessimista) cairia nas mãos da censura que era rigorosa naquela época. E assim, como o meu último parágrafo o filme acaba com uma interogação, para brincar com o telespectador  se realmente tem continuação ou não. O filme teve uma continuação sim, só que em forma de comédia no ano de 1972 chamado Beware! The Blob que eu acho que combinaria muito bem com a música inicial desse primeiro filme; que foi composta especialmente pra ele por Burt Bacharach e interpretada pela banda de estúdio, The Five Blobs, também formada especialmente para  gravar pro filme; que é tão alegrinha que não combina com o enredo do filme, com exceção da letra claro, porém tem aquele clima de rock anos 50 e não desgruda da sua cabeça (pelo menos da minha não) que faz você sair cantando!

O cidade onde foram gravados o filme realmente existe, Phoenixville, assim como o cinema, o Colonial Theatre, onde foi gravada a épica cena de fuga de pessoas desesperadas da bolha assassina; e ficaram tão marcados pelo filme, que à partir de 2000 foi criado o festival "Blobfest" e que nele sempre é encenada a épica cena. Aliás, falando em cinema, o filme que passa na sessão enquanto a Bolha o invade é "Daughter of Horror" de 1953 e que, interessantemente, quase 20 anos depois, o filme ABolha está passando numa cena de Grease, onde John Travolta e Olivia Newton-John estão num drive-in e é exatamente a cena do ataque ao cinema que está sendo exibida.

Fora a continuação que já mencionei, o filme teve ainda um remake em 1988, que é a versão mais conhecida (pelo menos pro pessoal de minha idade, que deve ter assistido em suas diversas reprises no Cinema em Casa, extinto programa do SBT) que usou bastante gore em suas cenas e mudou a origem da Bolha. Há alguns anos atrás, houveram boatos de que o Rob Zombie estaria planejando fazer um remake do filme também, mas que PARA NOOOSSA ALEGRIA (!!!♪♪♪) desistiu! É pra glorificar de pé, não é?!

Nota: 5 / 10




terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A Órfã

(Orphan, 2009, Jaume Collet-Serra)



De 2000 pra cá, os espanhóis tem se provado ótimos em fazer filmes de terror. É só vermos [REC] de Jaume Balagueró e O Orfanato de Juan Antonio Bayona, ambos de 2007, para comprovar isso. A Órfã, que apesar de ter sido realizada pela produtora americana Dark CASTLE, tem na direção o espanhol Jaume Collet-Serra que já havia dirigido outro filme com a produtora,  o remake A Casa de Cera de 2005 e diferente desse filme e os outros produzidos pela mesma, além de não ser um remake, é interessante ver que está longe do padrão da produtora de usar e abusar dos efeitos especiais e do banho de sangue em seus filmes, puxando mais pro suspense psicológico que talvez deva-se ao fato de, na verdade, o filme ser uma parceria entre a Dark Castle e a Appian Way de Leonardo DiCaprio (por isso o filme ficou tão bom, rsrs! Desculpa mas o cara é foda eu o admiro muito, não sei como não levou um Oscar até agora!). 

E se o roteiro (do até então novato David Leslie Johnson) não é original, pelo menos é inteligente e bem elaborado ao abordar a história de  uma criança dissimulada e com comportamento duvidoso. Essa é Esther (Isabelle Fuhrman) que é adotada por Kate e John Coleman (Vera Farmiga e Peter Sarsgaard), que após terem perdido o bebê na última gravidez de Kate e a mesma ter ficado extremamente abalada com isso, resolvem adotar uma criança. Esther agrada a todos à primeira vista, por se mostrar uma criança simpática e aplicada e assim vai se mostrando até ficar envolvida com o assassinato de uma Freira do orfanato onde saiu (interpretado por CCH Pounder - CCH, isso é nome?! Tdb quié artístico, mas pq essa sigla para abreviar seus 3 primeiros nomes, pq não escolheu logo só um deles ou algum outro?!), de machucar gravemente uma coleguinha de sala que a atazanava e até mesmo de quase matar os irmãos Daniel e Maxi (filhos biológicos dos Coleman - interpretados por Jimmy Bennett e Aryana Engineer, respectivamente). Kate começa a desconfiar do comportamento de Esther que coloca em dúvida sua inocência, porém, ninguém acredita em sua desconfiança, pois, a essa altura a menina conseguiu manipular todos a sua volta, principalmente o pai John, pelo qual demonstra uma estranha afeição, e á colocá-lo contra Kate, é então quando a mesma começa a investigar por si prórpia informações de sua filha (se é que ainda a considera) adotiva até descobrir uma verdade aterradora, nos intregando a uma tremenda reviravolta no filme que mostra o porquê de tamanha maldade nessa "criança".

Nas suas pouco mais de 2 horas de duração, o filme apesar de ser um thriller (impossível falar/escrever essa palavra sem a musik do Michael Jackson vir à cabeça!) flerta bastante com o drama, principalmente por focar bastante no drama familiar que é vivido pelos personagens, por exemplo: a mãe que tenta reerguer a vida junto do marido após a perda do bebê e de alguns problemas por alcolismo que teve; o filho mais velho carente por não ter mais a atenção dos pais que tinha devido à última gravidez da mãe e dos cuidados que eles tem com Maxine a filha mais nova que é surda-muda, essa totalmente dependente dos pais (que genialmente nas cenas que a focavam o audio era retirado permanecendo apenas uma trilha sonora de fundo fúnebre e com a legenda da linguaguem de libras feitas pelos personagens tentando nos colocar no lugar da personagem nos fazendo sentir como é ser surdo-mudo); e não que isso tenha diso ruim pro filme, pelo contrário, ajudou muito na condução da história já que o drama vivido pela família foi o instrumento usado pela esperta e calculista Esther para manipulá-los, principalmente a pobre Maxi por ser a mais vunerável. Sem contar que a atuação do elenco também foi muito boa, principalmente por parte de Isabelle Fuhrman, que na época só tinha 12 anos e foi bastante aclamada pela crítica por sua atuação, e a sempre ótima Vera Farmiga, sendo os melhores diálogos e cenas protagonizados por elas. Destaque também para Aryana Engineer em sua estréia como atriz, que é mesmo deficiente auditiva e que foi escolhida a dedo para entrar no filme.

O filme pode funcionar melhor como suspense, mas ele possui muitos elementos terrorísticos como as cenas de violência on-screen (como na cena em que Esther mata uma pomba); ou então os momentos em que Esther aparece do nada em momentos clichês com aquele choque de luz e aqueles efeitos sonoros de surpresa, aliás, os efeitos sonoros utilizados remetem muito aos filmes de terror setentistas, fora o cenário uma casa situada no meio de uma floresta (sempre, né?!) em pleno inverno, ou seja, aquele clima ao mesmo tempo asustador e depressivo causados pelo inverno nebuloso americano, transpondo bem o que é vivido pela família. 

Correm boatos de que o filme é levemente inspirado na história da psicopata tcheca Barbora Skrlóva, cujo o caso não é muito conhecido no Brasil, por isso muita coisa relacionada à ela na internet sejam apenas de sites internacionais, sendo que aqui no Brasil a maioria se encontra em blogs que traduziram o caso que a envolvia, como o do blog Medo B, cujo o link encontra-se à seguir, mas ATENÇÃO: LENDO A MATÉRIA POSTADA VOCÊ PODERÁ TER UMA NOÇÃO DE COMO O FILME É, POR ISSO EU O CONSIDERO UM SPOILER, PORTANTO SE VOCÊ AINDA NÃO VIU O FILME E NÃO QUER DESCOBRIR A HISTÓRIA DO MESMO NÃO ACESSE A MATÉRIA. FORA QUE TAMBÉM A HISTÓRIA É REALMENTE CHOCANTE, PORTANTO SE VOCÊ TEM CORAÇÃO FRACO, TAMBÉM NÃO ACESSE O LINK: http://medob.blogspot.com.br/2013/03/o-terrivel-caso-kurim-mae-canibal.html. Para comprovar, tem uma matéria na net que achei do site online do jornal Folha de São Paulo que chegou a falar de leve sobre o caso (recomendo também quem não tenha assistido o filme não ler, pois, poderá servir de spoiler sobre o filme): http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u414524.shtml. Eu considero esse fato do filme ter se inspirado no caso como boato, pois, não há nada que comprove a ligação entre os mesmos e, talvez se o filme tenha mesmo se baseado no caso, acho que o fato de não o terem creditado como fonte pode ser por causa do conservadorismo americano, pois, fazer um filme com uma criança violenta e maldosa já é algo polêmico, imagina baseado num caso de uma psicopata! Se alguém tem algum link de alguma matéria que realmente comprove a ligação do filme com o caso de Barbora, poste nos comentários, para que eu corrija e me desculpe pela ignorância.

Díficil acreditar que a Dark Castle tenha realizado esse filme, não que ela produza filmes ruins eu até curti 13 Fantasmas e gosto bastante de A Casa de Cera, mas, como eu já disse, possui elementos bem diferentes do que a produtora já é acostumada. Também, foi difícil não dar 10 pra esse filme, pois, não apenas por ser um dos meus filmes de terror favoritos, mas por ter sido tão bem elaborado, ele merece ter seu reconhecimento.

Nota: 10 / 10





quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Mulher Solteira Procura

(Single White Female, 1992, Barbet Schroeder)



Bem indos à 2014, bem vindos ao meu Blog!

Sentiram minha falta? Rsrsrsrs! Não aguentei ficar muito tempo longe desse blog e logo após as comemorações já vim logo colocar mais uma resenha de filme aqui, rs! Eu sou o Álvaro e esse é o Terror de Álvaro! Apesar do nome, o filme de hoje é um suspense, se bem que pra mim não há muita diferença, pois, são dois gêneros preferidos meus e que andam sempre junto, apesar de terror ter suspense (pelo menos deve) porém o suspense nem sempre ter/causar terror, mas, nesse blog, como já o descrevi, colocarei em sua maioria resenhas de terror e suspense então vamos lá.

O filme dono da primeira resenha de 2014 é o suspense Mulher Solteira Procura do ano de 1992, ano que eu nasci, olha que legal! O incrível é você ver o filme e perceber como possui características tão marcadas dessa década como por exemplo o visual dos personagens, mais incrível ainda é você ver e falar "nossa isso é tão anos 90". Gente como passou rápido, parece que foi ontem que estavamos entrando em 2000, o pior é que já saímos da década de 2000 e estamos na de 2010 (e em 2014)! Bom, mas vamos a resenha: dirigido pelo francês Barbet Schroeder (que já dirigiu outros supenses não tão sucessivos como Medidas Desesperadas e Cálculo Mortal) porém baseado nos States, mais precisamente na bela Nova York onde a designer de softwares Allison Jones (Bridget Fonda) abalada pela separação com seu noivo Sam Rawson (Steven Weber) resolve alugar/dividir o apê que antes convivia com ele, porém, dessa vez com uma mulher com que possa se amigar e fazer esquecê-la do seu ex-parceiro, é quando, depois de algumas entrevistas conhece/loca o apê para a acanhada porém prestativa Hedra Carlson (Jennifer Jason Leigh). Ambas se tornam boas companheiras, Allison acha ter atingido seu objetivo de esquecer Sam na amizade com Hedra e torna-se assim a melhor - e única - amiga dela, só que quando Sam tenta reconquistar Allison e percebendo que ele está conseguindo Hedra começa a se comportar alteradamente do que demonstrava, algo que vai muito além do ciúmes, mostrando sua verdadeira face.

É um suspense previsível, mas que cumpre com sua função de suspense Super Cine (adooro!), mesmo tendo sido reprisado no SBT. Peca em alguns pontos, na maioria deles no final, com algumas soluções do roteiro totalmente forçadas como que pra acabarem logo com o filme que se mostrou tão bom de seu começo ao meio. Uma decepção minha, só minha mesmo - acho que só eu achei isso, foi o fato da vilã não ter sido a ruivinha (Fonda), pois, quando eu vi a capa do filme eu jurei que a vilã seria ela (acho que isso deve-se à mídia artística ter esteriotípado tanto os vilões como ruivos ou albinos) e devido á introdução, a cena que mostra duas irmãs gêmeas (que mais tarde no filme é mostrado a relação entre essa cena e o resto da história), mostrar duas meninhas que crescidas poderiam se parecer mais com a Allison do que com a Hedra. O interessante é que Bridget Fonda teve a escolha de escolher qual o papel que ela queria atuar no filme, mas te todo o mal não foi ruim assim, afinal, vamos combinar que Jennifer Leigh deu um banho de atuação, ou melhor ambas, pois, o papel que cada uma desempenhou não foi nada previsível para as duas.


Nota: 7 / 10

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Deixe-me entrar

(Let Me In, 2010, Matt Reeves)


No último post falei de um remake, o de Sexta-Feira 13, e falei como eles tem tomado, em sua maioria de forma negativa o gênero de horror. Pois, pra fechar o ano, infelizmente falarei de mais um remake, afinal faço os posts conforme os filmes de terror/suspense que assisto e esse foi o último felizardo do ano. Mas, dessa vez o remake é de um filme estrangeiro. Trata-se de Deixe-me Entrar que é uma refilmagem americana do sucesso de crítica e público sueco Lat den rätte komma in de 2008 que em terra brasilienses recebeu o nome Deixa Ela Entrar.

O filme, que conta com a direção de Matt Reeves (Cloverfield - Monstro) e o segundo filme que marca a volta da produtora Hammer, conta história de de Owen (Kodi Smith-McPhee) um garoto solitário que sofre bullying  na escola de uns garotos mal-encarados e atormentado pela separação dos pais, faz amizade com sua nova vizinha Abby (Chlöe Moretz - que mais tarde, nesse ano, protagonizou outro remake o de Carrie, A Estranha) que tem estranhos hábitos como por exemplo andar descalça a todo momento principalmente na neve (!!!). A amizade fica cada vez mais forte através dos atos de companheirismo que um demonstra com o outro até que o garoto se apaixona pela menina, mas, quando essa estranha amiga se revela uma vampira essa paixão é posta a prova e ele terá que decidir se apesar das imenças diferenças e hábitos vale a pena manter esse relacionamento. 

Lendo a descrição que fiz você deve estar pensando que o filme deve ser mais um filho da saga Crepúsculo, mas, não é nada disso! Tem sim, um pitada de romance adolescente (ou melhor, pré-adolescente, já que no filme os personagens tem 12 anos), mas o filme evidencia mais o drama e os elementos de terror (que, ao contrário da saga de Stephanie Meyer, o filme se mantém fiel às características lendárias do vampiro, por exemplo não poder sair ao sol e a característica não muito conhecida de entrar na casa de sua vítima apenas quando for convidado do contrário morre), assim como o original sueco nos apresentando uma história interessante que pra quem nunca viu o viu pode servir como um bom aperitivo, mas, para aqueles que como eu viram o original estrangeiro, sentem-se num déjà vu, já que pouca coisa foi mudada em relação ao mesmo. Em certa parte eu entendo o diretor ter mantido a mesma linha do original, pois, se tratando de remakes, qualquer cuidado é pouco para não manchar o nome de um filme (o que infelizmente não acontece com a maioria), mas, ele poderia ter ao menos usado elementos do livro que o originou (sim os filmes são baseados num romance de John Ajvide Lindqvist de 2004, o nome do livro é o mesmo ao do filme sueco e consequntemente aqui no Brasil recebeu também o nome que o filme sueco recebeu), como por exemplo no caso do romance, também sueco, Os Homens que não amavam as Mulheres, livro da trilogia Millenium do escritor Stieg Larsson que posteriormente obteve duas adaptações pro cinema: uma conterrânea (Män som hatar kvinnor - 2009) e uma americana (The Girl with the Dragon Tattoo - 2011) assim como Let me In, que apesar de terem se baseado na mesma história um usou elementos do livro que o outro não usou estabelecendo uma diferença, mas mesmo assim não perdendo a essência, sendo um tão bão quanto outro. 

É fato que apesar de algumas poucas mudanças naturais no enredo o que diferencia um filme do outro (fora os personagens também, que interessantemente nesse filme o menino é moreno e a menina-vampira loira, enquanto no original sueco é ao contrário) é o nome, que aqui no Brasil o que muda é o pronome no título, dando a entender nas entrelinhas que apesar de diferentes filmes trata-se da mesma história. 

Decidir a nota de Deixe-me Entrar não foi tão díficil: se eu tivesse feito uma crítica e dado nota aqui no site para o filme sueco eu teria dado 7, então pra esse remake americano eu darei 6 justamente pelo fato que expus nos parágrafos anteriores - por ser semelhante ao filme original eu poderia dar a mesma nota, mas, exatamente por isso eu darei um ponto á menos. Assim fecho o post, o último de 2013, do meu blog até agora de vida curta  (comecei mês passado) e sei que muitos, devido ao horário da postagem, estarão lendo o mesmo já em 2014, portanto feliz Ano Novo e que o mesmo seja bom para o blog e para o cinema de Terror, fazendo com que bons filmes sejam lançados e que mais críticas legais eu possa postar aqui pra vcs lerem! Abçs e feliz 2014!

Nota: 6 / 10


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Sexta-Feira 13 (2009)

(Friday the 13th, 2009, Marcus Nispel)


Uma coisa que tem acontecido constantemente no cinema de terror são as refilmagens americanas, sejam de filmes internacionais ou de antigos sucessos isso tem tomado o gênero nos últimos anos. E nessa leva de remakes óbviamente que Sexta-Feira 13 não poderia ficar de fora.

Era 2009, quando a produtora Paltinum Dunes de Michael Bay, que já havia realizado outros remakes de filmes de horror como O Massacre da Serra-Elétrica e Horror em Amytiville, resolvem chamar o alemão Marcus Nispel para dirigir uma nova história de Jason Voorhees. O filme na verdade é uma mistura de remake e reboot não só do 1º filme da franquia mas de suas 3 sequências (Partes II, III e IV), conforme a própria produtora confirmou. Vários elementos desses filmes foram usados nessa refilmagem, por exemplo: a introdução do filme mostra a mãe de Jason, Pamela Voorhees (Nana Visitor), tentando matar uma das monitoras sobreviventes do acampamento Crystal Lake porém frustada por sua decaptação, em referência ao 1º filme da franquia cujo o rsponsável das mortes não era Jason e sim sua mãe dominada por seu espírito, apenas no segundo fime da franquia é que Jason aparece matando todo mundo e, por falar nessa sequência, nesse filme Jason usa um saco como máscara apenas conseguindo a máscara de Róquei, que se tornou sua marca registrada no 3º filme, outro elemento compactado nesse filme, já que durante os primeiros 50 minutos o Jason ainda usa um saco para cobrir seu rosto deformado.

O filme começa com o que parece ser 2 momentos introdutórios, um que eu já citei da mãe de Jason sendo decaptada pela monitora sobrevivente do acampamento em 1983, o outro momento acontece no ano corrente (2009) quando cinco jovens acampam num campo onde há um plantação de maconha perto do lendário acampamento de Crystal Lake e óbvio que não demorará muito para que os mesmos vão curiar para perto do mesmo e um a um sejam mortos pelas mãos de Jason (Derek Mears), bom pelo menos é o que aparenta ter sido. Então somos apresentados ao letreiro que nos introduz ao filme (que ocorre quase meia hora depois dele já ter começado!!!) daí o filme, duas semanas mais tarde, mostra Clay Miller (Jared Padalecki, o Sam Winchester da série Sobrenatural. O engraçado é que no mesmo ano seu irmão de série, Dean Winchester, ou melhor: o ator Jensen Ackles, participou do remake de outro slasher oitentista, o do Dia dos Namorados Macabro... mas isso não vem ao caso!) que ao procurar sua irmã desaparecida Whitney (Amanda Righetti - que mais tarde é revelado que ela era uma das vítimas do massacre de Jason na introdução do filme), se depara com um grupo de jovens liderados por Trent (Travis Van Winkle - figurinha carimbada dos filmes teen da época) que acabam de chegar pra passar uma temporada num chalé do pai de Trent situado nas bandas perto de Crytal Lake. Clay é mal recebido pelo mesmo, mas logo é acolhido pela namorada do cara, Jenna (Danielle Panabaker), que logo irá ajudá-lo a procurar sua irmã. Daí então não é preciso ser vidente pra saber que os jovens serão novamente eliminados um por um, principalmente os mais bardeneiros, e no final os sobreviventes serão os (ou o) bonzinho (s).

O filme não tenta inovar muito, mantém no clichê já proposto pelos slashers e filmes da franquia Sexta-Feira 13, mas consegue se manter um bom divertimento até certo ponto, principalmente pra mim que sou fã assíduo da saga, até mesmo do Jason-X, um dos filmes mais criticados do Jason, eu gostei. E por ser fã eu não gostei de algumas coisas desse filme, como por exemplo [INÍCIO DO SPOILLER!!!] o fato de Jason ter deixado uma vítima sobreviver em cativeiro. Quê?!?! Mas, como, assim, Jason Voorhees, um dos serial killers mais carismáticos (sim, gente, ele é um dos assassinos em série de filmes que nos faz torcer por ele e vibrar a cada assassinato, pois, vamos combinar, ele é o que tem motivos mais convincentes pra isso: Freddy Krueger era um inspetor de escola que abusava de crianças e merecia morrer, Michael Myers era um jovem metido a bom samaritano louco que queria matar qualquer um e Leatherface um canibal FDP que queria matar as pessoas e comê-las; vendo por esse lado Jason é o único que tem um motivo bem aceitável para suas matanças: por negligência dos antigos monitores do acampamento CRYSTAL LAKE, ele ainda criança, morreu afogado e sem ter ninguém para ajudá-lo por perto, Crystal Lake Camp então passou a ser seu "túmulo" e qualquer jovem  baderneiro que atreve-se a pertubar sua paz ele mata, não é mesmo!?!? Jason Rules!) e sanguinolentos deixou de matar uma pessoa nesse filme ?!?! Pois é, foi isso que eu pensei e isso que aconteceu: no caso a personagem Whitney Miller, irmã de Clay, foi mantida viva e em cativeiro pelo Jason por se parecer com sua mãe mais jovem e por no momento em que o serial killer a encontra ela estar usando o pingente que contém a foto de sua mãe e ele. Esse fato, foi um dos elementos dos filmes originais da franquia  (pra ser mais específico, o 2º) que o remake aprimorou, nesse caso até demais, já que na cena do filme de 1981 uma das vítimas de Jason usa o suéter e a cabeça decaptada da mãe de Jason como máscara (!!!) para confundí-lo [FIM DO SPOILER!!!]. Outra coisa que me decepcionou nesse filme, foi não terem usado a famosa trilha sonora clássica dos filmes do Jason, nesse remake, aquela do "chi -chi- chi- chi- ah - ah - ah- ah", poxa já que é um remake dos primeiros filmes, ou seja os clássicos, poderiam ter usado esse elemento também aqui!

Você deve tá se perguntando porque estou falando do remake aqui e não dos filmes do Jason em ordem cronológica logo, colocando em dúvida se realmente já assisti aos outros da franquia. A resposta é que: sim, eu já assisti aos outros filmes da franquia, mas não fiz resenha até agora pois havia os assistido antes de criar o blog e como faz pouco tempo que o criei estou colocando resenhas conforme os filmes que vou assistindo desde sua criação, ou seja, mês passado e o remake dessa crítica eu assisti faz pouco tempo, depois da criação do blog. E também, se tratando de remakes, é como se fosse um novo recomeço de uma franquia, por isso, talvez nesses casos eu poste críticas, mesmo sem antes ter postado dos outros, ok?! Espero que não me levem àmal por isso.

Nota: 5 / 10